Se sou romântico?
Claro que sou!
Todos nós, sem exceção.
Até o mais bruto dos homens sucumbe ao sorriso da
mulher amada.
Nenhuma mulher resiste ao perfume marcante daquela
pegada com jeito.
Não importa a forma, o lugar ou o gesto.
O romantismo não é antiquado.
É vanguardista e segue a magia do tempo.
Convence o coração, seduz o ponto fraco e desmonta
qualquer armadura emocional.
Romantismo não é piegas.
Clichê é não amar.
Não falo de uma convenção social de mandar flores,
abrir a porta do carro ou pagar o jantar.
Romantismo é mais do que isso.
É surpreender a rotina, desafiar o óbvio, aventurar
a relação.
Ser romântico também é saber sossegar quando ela
precisar de colo.
Não há cortejo maior do que cuidar do outro.
Romantismo é avisar que chove lá fora, levar um chá
de hortelã na cama sem ela pedir, passar no shopping e comprar uma lembrança
para ela.
Sim, romantismo não é a aparência de um restaurante
chique.
É a intimidade de um banho a dois, de um sexo matinal.
Romantismo é a conversa em silêncio.
Ser romântico é quase um estado de espírito, mas
depende muito da parceria.
O romantismo não sabe ser só, unilateral.
Precisa de um retorno, por menor que seja.
Quem nasceu romântico, assim como eu, nunca deixará
de ser intenso nos gestos, mas pode desanimar suas atitudes com o passar do
tempo.
Quem não sabe o que é ou não gosta de romantismo,
nunca amou de verdade.
Vinhos, flores, jantares ou beijos.
Cheiros, carinhos, pele, toque e cafuné.
Amar os segundos, falar ao telefone, sentir
saudade, chorar de alegria.
Abraço gostoso, pescoço, coxas e mãos.
O corpo precisa do romantismo para respirar.
Explicar o romantismo é mais difícil do que
executá-lo.
Ser romântico nada mais é do que agir por impulso,
não descansar enquanto não agradar quem amamos.
Não existe uma dose certa para revelar o
sentimento.
A medida está na relação, ela é quem dita o ritmo.
Se há confiança no que sentimos mutuamente, a
intensidade nunca será suficiente.
Sendo assim, não haverá limites para demonstrar
esse amor para o mundo.
O romantismo é a naturalidade da paixão.
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