sexta-feira, 7 de dezembro de 2012



SECRETARIADO
O prefeito eleito de Montes Claros, Ruy Muniz (PRB), que definiu o dia 21 de dezembro como data para anunciar o seu secretariado já está praticamente com a equipe definida, faltando apenas alguns detalhes. Como é próprio de cargos públicos, sobretudo em prefeituras, ele também enfrentou dificuldade com salários, já que alguns profissionais são bem mais remunerados na iniciativa privada do que no serviço público. Mas foram poucas as ocorrências. Segundo fontes, quem foi chamado para conversar está aceitando o desafio de entrar no projeto da próxima administração.

DIPLOMAÇÃO
JUIZ ELEITORAL RICHARDSON XAVIER
O prefeito eleito Ruy Muniz (PRB), seu vice Zé Vicente (PMDB), os vereadores eleitos e os primeiros suplentes serão diplomados no dia 14 de dezembro, em ato solene previsto para o plenário do Fórum Gonçalves Chaves, às 10 horas. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral. A diplomação é o último rito antes da posse, que confirma o resultado das urnas e dá aos vencedores a liberação para assumirem seus mandatos. Em várias outras cidades o TRE fará a diplomação na mesma data. Em Montes Claros, o ato será dirigido pelo juiz presidente da Justiça Eleitoral, Richardson Xavier Brant.


REFORMA NA PAUTA
Se não houver nenhum outro contratempo, a Câmara dos Deputados deve começar a votar, na semana que vem, o projeto de reforma política, fruto de acordo entre os líderes partidários. Para não ocorrer prioridade entre os temas, os parlamentares vão fatiar a votação em torno de quatro temas principais: financiamento público exclusivo de campanha, coincidência de datas das eleições - seriam eleitos no mesmo dia os vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente da República -, fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais e sistema de votação misto, o que quer dizer nominal e na legenda. Os parlamentares, no entanto, jogam com o longo prazo. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aglutinativa tratará do fim das coligações proporcionais e da coincidência de eleições. Mas elas só devem valer a partir de 2018 ou 2022. O Senado Federal, no entanto, tem uma comissão semelhante que atua sem discutir suas propostas com a Câmara, o que pode indicar mais tempo, até que o Congresso pacifique os interesses das duas Casas.

MORDAÇA I
Está em tramitação no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC 37/2011), de autoria do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA). O texto deixa claro que, caso esta proposta seja aprovada, o Ministério Público não mais poderá conduzir toda e qualquer investigação criminal, principalmente aquela em que os políticos desviam recursos públicos. Neste caso, somente as polícias Civil e Federal poderão desempenhar a missão de combater o crime do colarinho branco.

MORDAÇA II
Todos nós sabemos que a aprovação da PEC 37 será de interesse exclusivo da classe política, isto porque a proibição do Ministério Público de desenvolver suas atividades investigatórias, sem dúvida alguma, vai tornar mais complexa a situação de se descobrir as tramóias daqueles que ocupam o poder público, travestidos de políticos honestos e competentes.

MORDAÇA III
É importante deixar claro que em momento algum o Ministério Público ousou ocupar o espaço das polícias Federal e Civil, pois, pelo contrário, o interesse maior foi sempre o de atuar em conjunto e em caráter subsidiário à polícia, visando unir forças que pudessem vencer as dificuldades inerentes a todo um processo de inteligência que procure desmantelar uma quadrilha. Foi baseado neste trabalho que a operação, como a do Mensalão, conseguiu trazer à tona toda a verdade promíscua do poder em Brasília.

MORDAÇA IV
Segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a ocorrência de diligências investigatórias realizadas diretamente pelo Ministério Público é plenamente compatível com o modelo processual brasileiro e com sua missão constitucional. Além disso, o poder de investigação por membros do MP está previsto em diversos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Pior ainda, a aprovação da PEC 37/2011 será de um enorme retrocesso para o nosso país e seu processo de moralização no campo da política, pois somente três países no mundo vedam ao MP promover investigações criminais: Uganda, Quênia e Indonésia.

MORDAÇA V
Dados precisos são fornecidos por um estudo da Fundação Getúlio Vargas. Entre 2002 e 2008, houve desvios de R$ 40 bilhões em contratos com o governo. Outro detalhe que nos chama mais ainda a atenção é que as polícias Civil e Federal não possuem capacidade operacional e nem dispõem de pessoal ou meios materiais para levar adiante todas as notícias de crimes registradas. Todos nós sabemos que a maioria dos ilícitos à polícia não tem retorno dos boletins de ocorrências que registra, e grande parte sequer é chamada a depor na fase policial.

MORDAÇA VI
Por que silenciar o Ministério Público? A quem interessa tamanho acinte que agride as nossas instituições democráticas? Creio que calar esta importante instituição interessa tão somente à criminalidade organizada, que não respeita o dinheiro público, que é meu, seu e nosso! Não podemos deixar que a PEC 37 venha reduzir a efetividade da investigação criminal, enfraquecendo a ação fiscalizadora e repressora do MP!
O Brasil é nosso!

CLASSIFICADO DO DIA


REDE SOCIAL


A VIDA COMO ELA É...


ETERNAMENTE INCOMPREENDIDO


Inacreditável! 
Mas eu consigo ser mal interpretado até 
quando estou ou fico totalmente em silêncio!

SEU DINHEIRO

Para algumas pessoas saberem exatamente o dinheiro que tem no bolso, basta ligar para o *8000, *222#, *544# ou *804.

NEGÓCIO LUCRATIVO

Disseram a um portuga que a água do mar era boa pra tratar acnes e espinhas. O homem foi à praia e encheu um garrafão de 5 litros.

Ao passar pelo salva-vidas, perguntou:

- Quanto é?

O salva-vidas, na brincadeira, respondeu:

- O garrafão é R$ 1,00!

O sujeito paga e vai embora. Alguns dias depois quando ele passeava pela mesma praia e a maré estava baixa, ele exclama:

- PQP! Isto que é um negócio da China! Aquele homem deve estar trilionário!

RELÓGIO

Um cara mostra o seu novo apartamento para um amigo.

Chegando na sala, o amigo repara numa panela com um pedaço de pau em cima da mesinha de centro e pergunta:

- O que é aquilo?

- Aquilo é o meu relógio de sala!

- Ah! Sério? Como é que funciona?

- Eu lhe mostro.

O cara pega a panela e começa bater desenfreadamente com o martelo.

Do outro lado da parede ouve-se alguém gritar:

- Filho da puta!!!! São duas horas da manhã, que barulho é este! Caralho!

- Viu! …

VERSÕES DIFERENTES

O menino chega e pergunta:
- Pai, o que é uma piada de mau gosto?
- Assim filho: quando sua sua disse que tomava pílula e logo depois você nasceu! Isso foi uma piada de mau gosto.
Ele corre pra mãe:
- Mãe, o que é uma piada de mau gosto?
- Bom meu filho, vou te dar um exemplo: uma vez seu pai disse que era um famoso jogador de futebol, mas depois que você nasceu descobri que ele era reserva de um time da terceira divisão….

INSÔNIA

Todo mundo que tem um aparelho de televisão no quarto já passou por uma situação assim, mesmo sendo o filme mais imbecil do mundo… Sério, até já assisti aquele filme idiota sobre um gay (Crepúsculo… algo assim) por não ter mais nada na madrugada pra assistir.

Só pra constar, estou falido faz anos e não tenho TV à cabo ou via satélite…
Só vejo a merda os canais abertos.

E duvido mesmo alguém botar um comentário aqui dizendo que nunca ficou assim bizungão até um filme terminar. 
Duvido!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

HOMENAGEM DESSE MINIFÚNDIO DE PÁGINA ELETRÔNICO AO GÊNIO E HUMANISTA OSCAR NIEMEYER





MENOR EM CONFLITO COM A LEI
A nossa coluna de hoje (06/12) aborda um tema em que muitas pessoas não gostam de discutir, mas que é real e precisa ser encarado de frente por todos os segmentos da sociedade. Abaixo a nossa opinião sobre o assunto:


PUNIÇÃO É A ALTERNATIVA?
O crescente envolvimento de adolescentes com atos infracionais obriga Montes Claros e o Estado de Minas Gerais a repensarem a qualidade das medidas socioeducativas que estão sendo oferecidas para quem cometeu o crime. Por trás do discurso coletivo da impunidade atribuída a esses jovens está a omissão de muitos atores sociais que antes de punir não conseguiram cuidar. O fato é que esses rapazes, em geral, só ganham visibilidade para o Poder Público quando se tornam autores de crimes, embora toda a trajetória anterior de violações a quais foram submetidos não tenha sido objeto de intervenção.

AÇÕES DEMORADAS
O atraso na aplicação das medidas que visam à ressocialização é outro problema que reforça a sensação de impunidade. Há infrações que só chegam ao conhecimento do Judiciário três anos depois da data em que foram cometidas, resultando na aplicação de medidas tardias e até no arquivamento do processo, obrigatório quando o envolvido completa 21 anos. Com isso, o jovem perde a chance de passar por um processo  socioeducativo  A resposta imediata ao ato praticado, com técnicas e métodos pedagógicos, além de confrontar o adolescente com suas responsabilidades, permite reinseri-lo no contexto familiar e social, prevenindo a reincidência de delitos.

PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
Apesar de a impunidade da juventude estar presente no imaginário social, as estatísticas mostram exatamente o contrário. A privação de liberdade de adolescentes mais que dobrou no País se comparada à de adultos. Na última década, o contingente saltou de 8.579 para 17.703, conforme estudo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República do ano passado. Apesar de ser o País que mais acautela seus jovens, a falta de qualidade do atendimento tem comprometido a eficácia da medida. Para a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), o Estado precisa estar focado nas necessidades desses adolescentes, sabendo quem ele é, de onde vem, suas prioridades educacionais e familiares, a fim de adotar medidas que apoiem a reinserção social do jovem que cometeu infração. "Quando o adolescente incide em situações de atos infracionais, ele tem que responder por isso, mas também deve ter uma oportunidade de mudar sua perspectiva de vida", afirmou a ministra durante recente entrevista ao portal da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI).

VULNERABILIDADE
Apesar de as propostas de redução da idade penal se sustentarem na exceção, pois o percentual de adolescentes autores de crimes de homicídio é minoria entre os adolescentes internados no País, pelo menos quatro entre cinco brasileiros concordam com a redução da maioridade penal para 16 anos. A proposta está na contramão do que discute a comunidade internacional, que tende a diminuir a severidade das respostas penais, a fim de reduzir seus efeitos negativos, buscando alternativas de maior sucesso, como a justiça restaurativa. Além disso, muitos países que adotaram a medida não conseguiram reduzir a incidência de crimes nessa faixa etária da população, pois a associação da violência com elementos como a desigualdade social, o racismo, a concentração de renda e a insuficiência de políticas sociais não se resolve com adoção de leis penais mais severas e, sim, exigem medidas de natureza social que diminuam a vulnerabilidade de adolescentes diante do crime e da violência, conforme observa o Unicef.

AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE
A restauração tem uma perspectiva pedagógica, porque fornece um sentido mais objetivo de responsabilidade, já que visa a enfrentar e reparar as consequências. A punição é uma estratégia, não uma necessidade. Aliás, uma estratégia que não funciona. Talvez satisfaça num primeiro momento o sentimento de quem quer vingança, mas cujos resultados não resistem a uma avaliação de efetividade. Os desdobramentos são sempre para pior. Pensar nas consequências é ser responsável. Ser restaurativo é pensar e promover responsabilidade. Nossa necessidade é de responsabilidade, respeito, segurança. São valores universais sobre os quais todos estaremos em consenso. Nossas divergências, racionalmente, nos remeterão apenas à discussão de estratégias. Punição é estratégia, reparação do dano é estratégia. A necessidade é segurança pública. Como a alcançaremos? Há outras vias que podem ser mais efetivas.
Responsabilizar-se é diferente de ser responsabilizado. É um movimento de dentro para fora, e de baixo para cima. É fazer com que o jovem assuma compromissos para reparar os danos que causou à vítima, à família dela, à família dele mesmo, à sua comunidade, diferente do modelo punitivo, em que as soluções são impostas por terceiros, num modelo de heteronomia. No momento em que não tiver ninguém olhando, controlando, fiscalizando, ameaçando, seja ele pai, professor, guarda da rua, como não há sentido de norma interna, o sujeito não respeita mais nada e mais ninguém, porque foi educado para a heteronomia, não para a autonomia.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012




LIBERDADE
Antes mesmo de começar a escrever a coluna de hoje (05/12), quero deixar claro que esse espaço eletrônico tem como visão ser referência em diversos assuntos de nossa comunidade e uma via de liberdade possível entre comunicação, sociedade e instituições.

ILHA DA FANTASIA
Para quem não sabe, o clima quente e seco sempre foi uma das características marcantes de Montes Claros. Nada que torne a cidade menos atraente. A capital do Norte de Minas, como muitos se orgulham em chamá-la, tem seus encantos, mesmo que pareça algo sem vida, na comparação com outras cidades brasileiras do mesmo porte. O fato é que, para quem não está acostumado, chega a ser insuportável o primeiro contato com Montes Claros a partir dessa condição climática. Na política, esse quadro não é diferente. A tensão tem sido nos últimos tempos marca constante que vem contaminando até mesmo quem não esteja tão próximo das decisões.
Conviver, portanto, com as fofocas políticas e o clima quente e seco deve ser o principal desafio para quem deseja entender essa quase metrópole norte-mineira que se tornou sedutora a partir de seus mistérios e oportunidades. Montes Claros é única por isso. Por ser ao mesmo tempo uma cidade na qual as coisas parecem acontecer mais facilmente, mas que, em vista disso, se exige um jogo de cintura que talvez em outros locais não seja preciso. Será que residiria aí a grande quantidade de escândalos que estão pipocando, de tempos em tempos, envolvendo pessoas que até há pouco pareciam tão imunes a essas artimanhas?
Os ares que agora parecem mais carregados, portanto, podem até surpreender a quem está de fora, mas não são nada mais do que o dia-a-dia de risco que parece encantar e atrair as pessoas para o perigo. O clima carregado de agora na política, como a cada período do ano na cidade, vai passar como já passaram outros.

COMPRA DE VOTO
A compra de voto é o mais comum, grave e difícil de ser flagrado dos crimes políticos. A corrupção da vontade do eleitor distorce o exercício da democracia. Embora disseminada, é difícil de ser provada, porque depende de flagrante.
É sempre motivo para júbilo quando são reunidos elementos com os quais o Poder Judiciário julga capazes de provar que houve compra de voto. Exatamente pela dificuldade que é flagrar e provar atos do gênero e, também, pelo exemplo pedagógico que decorre da condenação. A prática é tristemente disseminada, mas o fato de começar a haver punições é o que pode inibir novas práticas do gênero.
Muitos processos em tramitação na Justiça Eleitoral, principalmente nesse rincão norte-mineiro, expõem aspectos repugnantes da política: políticos que se favorecem justamente das lacunas deixadas pelo poder público. Esse tipo de postura só prospera pela precariedade da presença estatal nas áreas de saúde, assistência social e educação, entre outras. São inúmeros os políticos recorrentemente eleitos e reeleitos – dentro ou fora da lei – por viabilizar atendimento que é direito da população e deveria ser prestado pelo poder público.
Triste proveito da omissão governamental.

LIMPANDO AS GAVETAS
Nesta penúltima semana de trabalhos na Câmara Municipal de Montes Claros os dias prometem ficar acirrados entre situação e oposição. Muitas pautas polêmicas devem ser enviadas pela Prefeitura já no apagar das luzes. Projetos enviados às pressas sem tempo de uma análise mais profunda por parte dos parlamentares que votam sem saber o que é, aprovando só por ser de interesse governamental. A maioria esmaga a minoria.

NO APAGAR DAS LUZES
Com as dificuldades de caixa já tornadas públicas pelo próprio prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB), corre a especulação nos bastidores da Câmara Municipal que a Prefeitura pedirá autorização daquela Casa para recorrer a um outro caixa para garantir o pagamento do 13º salário do funcionalismo. A oposição afirma estar de olho esperando a matéria.

PRÉ-2014
Ainda juntando os pauzinhos da eleição de outubro passado, quando foi derrotado no segundo turno para o comando da Prefeitura de Montes Claros, o deputado estadual Paulo Guedes (PT) debate com os prefeitos eleitos e reeleitos da região norte-mineira as emendas parlamentares para 2013 e, de quebra, um pé-de-ouvido sobre 2014. Possível candidato a deputado federal, quer ser o mais votado na região, já que seu partido conseguiu emplacar número expressivo de prefeitos.

TESTE PARA OS NOVOS PREFEITOS
Diante do cenário desafiador para os novos prefeitos em 2013 e da onda da mudança na eleição, especialmente no Norte de Minas, há grande expectativa quanto aos novos secretários municipais. É o momento de se saber se a renovação política e administrativa apregoadas na campanha ocorrerão na prática.
Boas equipes não representam necessariamente bons governos, mas são um bom começo. Por isso, no geral, os nomes a serem divulgados devem indicar que os prefeitos irão buscar quadros de alta capacidade técnica, com atuação reconhecida no mercado e experiência na gestão pública.
Por tudo isso, os prefeitos precisam mostrar a renovação na prática, formando equipes à altura dos desafios que os esperam e sem cair no loteamento partidário da gestão. Ao mesmo tempo, também é preciso contemplar a futura base política. A formação da equipe é o primeiro teste dos novos gestores antes do mandato.

O PRÓXIMO REI
CÉSAR EMÍLIO, PREFEITO ELEITO DE CAPITÃO ENÉAS
Muitos amigos e milhares de conhecidos não se transformam em voto. Vários candidatos com essa referência creditam-se eleitos e depois têm na apuração 100, 200 ou 300 votos. Mesmo assim são votos importantes, pois a vitória se dá pelo coeficiente eleitoral.
Em Capitão Enéas, por exemplo, apesar de bem avaliado pela população, o prefeito Reinaldo Landulfo Teixeira (PTB) não fez o seu sucessor. E um entendimento é óbvio: não o fez porque não encontrou a reverberação necessária que o entusiasmasse. Sim! Entusiasmo. Alguns podem gerir: como alguém não quer ficar no poder? Às vezes, o poder é mais que o querer. E para poder é preciso ter entusiasmo.
Lá em minha querida Burarama, o projeto de dar continuidade a tudo de bom que aconteceu naquele município nos últimos oito anos não se viu. Nada ficou muito claro neste aspecto para o eleitor. E isso só reforça a tese de que o ainda atual prefeito elegeria quem quisesse, pois todas as argumentações foram construídas sobre o seu trabalho. Que competente e transparente serviu de elo aos discursos de campanha: para o que é bom se ampliará; e correção de curso para o que precisa atender melhor a população. E assim fica fácil fazer plano de governo.
Os situacionistas impuseram ao seu candidato uma tarefa inglória: obedecer a uma cartilha em que o contato com o povo e seus correligionários não era importante. Onde ouvir não era importante. Isso porque tinham todas as repostas e muita opinião contaminaria o resultado final. Mesmo assim, na raça, o candidato majoritário Werlyson Lopes (PTB) se fez presente, fez o dever de casa, mas não levou.
Derrotado em três eleições passadas, o agora prefeito eleito César Emílio (PT) soube capitalizar sua aproximação com os olhos e os ouvidos do povo. Desde a sua última derrota eleitoral, em 2008, o petista desenhou seu quadrado já colocando em pauta sua maior intenção: sair vitorioso como candidato a prefeito de Capitão Enéas em 2012. E fazer o melhor com o cenário já montado é muito fácil.
Marketing político e escalação de time de futebol todo mundo sabe fazer. É bom salientar que o agora prefeito eleito da minha Burarama já vinha com um trabalho junto ao povo, ativo, percorrendo os quatro cantos do município entre janeiro de 2009 até julho de 2012, quando teve início a campanha eleitoral.
Do lado de cá, a comodidade de se já estar na cadeira pretendida e a ausência total de presença no “chão de fábrica” fizeram com que os arautos populares mantivessem o desconhecimento de quem seria o próximo rei. E mais uma vez nada foi feito para desconstruir tal questão cerebral. E a falta de uma egrégora que permitisse ver isso fez do silêncio o silêncio. Não existem culpados. Só existem os vitoriosos. E política se faz com votos. E votos é conhecer e entender o povo e seus anseios.

FRASE DO DIA
"Na política, a luta por espaço nem sempre leva em conta os anseios maiores da sociedade. Muitas vezes a obsessão pelo poder é regida por interesses obscuros que, de tão inconfessáveis, não raro viram mantra para facilitar a conquista das mentes".

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

AGORA É PRA VALER!


Tá bom. Já escrevi sobre isso um milhão de vezes, mas já aviso que vou escrever mais outros milhões. Se alguns escritores renomados repetem e fazem variações do mesmo tempo, por que esse podre mortal não pode fazer? Logo eu que não sou escritor, muito menos renomado, acho que também posso. Até porque alguns temas nos agradam mais, além do que a vida anda tão repetitiva que temos que ser, no mínimo, o pai e a mãe da criatividade.
Mas hoje estou voltando a escrever no blog MALAGUETA.
E como eu adoro isso.
Adoro escrever de tudo que é jeito, a todo momento, sobre qualquer tema. Pode ser carta, e-mail, texto, anotação, bilhete, homenagem... escrever me faz bem. Levando em consideração os seguidores desse blog e do meu Facebook, talvez o que tenho escrito faça bem também a mais pessoas.
Escrever pra mim tem o mesmo prazer de um abraço caloroso, que um banho quente em dias de frio, de fazer carinho em minhas filhas, de fazer algo em prol de alguém que amo, de reencontrar pessoas especiais... poderia escrever páginas e páginas de momentos que se comparam ao meu momento de escrever.
E tudo me inspira! Um noticiário, uma cena que assisto parado num semáforo, uma música, um fato que alguém me conta. Aliás, minto. A inspiração vem de coisas que gosto. Se me mandar escrever uma receita de bolo... já era! A menos que seja copiada, claro. Sou um zero à esquerda na cozinha. E, como tenho lido muito ultimamente, a mente se abre e as letras começam a querer pular de dentro de mim pro papel.
Um problema que tenho: não posso ler o que escrevi. Pra mim está sempre ruim, mal escrito, brega e todos os outros defeitos possíveis e imagináveis. Então, eu publico mesmo os meus rascunhos. Essa coisa de passar a limpo é fria, no meu caso.
A questão é que estou voltando a escrever. Hoje mesmo estou postando muitas coisas que tem rondado minha mente nos últimos tempos. Escrever leva tempo, mas vou aproveitar esse período ocioso pra escrever muitas coisas. Já as publicações, vão vindo aos poucos, de acordo com o tempo disponível que terei (ou não) pela frente.
Outra novidade é que agora publicarei uma coluna diária (ARDIDAS - ESPAÇO PARA QUEM NÃO TEM MEDO DA VERDADE) e com informações e texto sobre o cotidiano de Montes Claros e das cidades vizinhas, além de notícias do País que também interessam nossos leitores norte-mineiros.
Fui cobrado por muitos pela ausência de informações e cá estou.
Ser lembrado sempre é bom.


MÃES QUE CHORAM
O choro de uma mãe é sempre algo especial, pois ocorre em situações das mais inusitadas. É sempre, porém, marcado pela profundidade, seja na alegria ou na tristeza; na angústia da ida ou na expectativa da volta. Os filhos as movem. Infelizmente na maioria das vezes os atores - como vítimas ou autores - são os jovens. Montes Claros, por exemplo, que de uns tempos para cá ostenta índices de segurança acima da média nacional, vive o drama dos enfrentamentos da violência urbana, nos quais os envolvidos tem, na maioria das vezes, menos de 25 anos de idade. Nesse contexto, a imprensa local sempre colhe depoimentos emocionados de mães de algozes e de vítimas, que explicitam suas angústias num mesmo sentimento: o de perda. Umas, pela irreversibilidade da morte; outras, pela incapacidade de segurar a mão do filho que, de uma certa forma, também comprometeu o próprio futuro.
Os dois sentimentos, que acabam se fundindo num só, são emblemáticos, pois demonstram a precária estrutura de grande parcela das famílias brasileiras, assistida apenas nos discursos das autoridades, mas vivente num mundo real de problemas e de abandono. São, em boa parte, mães que fazem o papel também de pai, de provedoras e de educadoras, num cenário em que elas próprias são vítimas. O drama dessas mulheres não impressiona os governos, que lidam apenas com estatísticas, sem se aprofundarem nas suas razões. Pela via mais fácil, diz-se apenas que são enfrentamentos de jovens que desconhecem os limites. Mas e a origem desses problemas?
Por mais que os especialistas indiquem, as ações de defesa de famílias carentes passam apenas pelos projetos de casa própria e alimentação. São fundamentais, é fato, mas ficam pontas soltas quando muitos desses aglomerados familiares estão distantes de projetos educacionais e de acompanhamento. Os jovens, no frenesi da busca da própria identidade, ou de exacerbação do pertencimento, deixam a vida lhes levar, sem conhecerem os limites que deviam ser impostos a eles. Mas como cobrar dessas mães que ora choram uma postura que elas também desconhecem? São vítimas das próprias circunstâncias, enquanto o discurso recorrente passa única e exclusivamente pela defesa da repressão.
Montes Claros tem uma dívida social que ainda vai demorar anos para ser paga, mas enquanto não se avançar, são poucas as esperanças de mudanças.
Até quando?

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Montes Claros está em 32º lugar no Estado de Minas Gerais e em 299º no País no Índice de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado nessa segunda-feira (03/12) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). O percentual (Edição 2012 – Ano Base 2010) obtido pelo município foi 0,8056. Com isso, a cidade está entre os 80% dos municípios mineiros cujo desenvolvimento se enquadra entre moderado a alto.
A pontuação do município nas três áreas de desenvolvimento consideradas na sondagem foram: emprego e renda (0,7717), educação (0,8347) e saúde (0,8104). Segundo o levantamento, índice superior a 0,8 é considerado alto desenvolvimento; entre 0,6 e 0,8, moderado; entre 0,4 e 0,6, regular; e inferior a 0,4, baixo.
Na última edição da pesquisa, referente a 2009, a cidade obteve índice de 0.7889, quando ocupou a vigésima segunda posição no Estado e a 297ª no País. Seis cidades mineiras figuram entre as cem com maiores índices no país: Extrema (26º), Uberlândia (49º), Nova Lima (50º), Belo Horizonte (56º), Ipatinga (77º) e Pouso Alegre (99º). O IFDM foi criado com o objetivo de acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros.
O IFDM é um estudo anual do Sistema FIRJAN que acompanha o desenvolvimento de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas: Emprego e Renda; Educação e Saúde. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.

ÚLTIMOS DETALHES
A comissão de transição deve começar a elaborar seus relatórios ainda esta semana para servir de base para os próximos passos do prefeito eleito de Montes Claros, Ruy Muniz (PRB), que já faz avaliações sobre o secretariado, mas não divulga os nomes. Fechado em copas, tem fugido das armadilhas de lobistas na tentativa de emplacar afilhados. Muniz já garantiu que não irá manter representantes do atual primeiro escalão entre os secretários, mas admite aproveitamento, sobretudo os de perfil técnico, em outras funções, já que prestam "bons serviços à cidade". Da mesma forma, cita casos de outros escalões, devendo fazer mudanças de funções em algumas situações. Ele não fixou data para divulgar a sua equipe, mas as previsões são de que deva fazê-lo até o dia 21 deste mês. O prefeito eleito tem acompanhado as especulações, mas não abre o jogo, embora admita que alguns personagens citados podem até ser confirmados mas, provavelmente, em outras funções.

INTERLOCUTORES
Nas várias ocasiões em que é instado a falar, Ruy Muniz reafirma que não vai se afastar do discurso de campanha após ter sido eleito, pretendendo dar um ritmo de trabalho intenso à sua administração. Para tanto, em vez de férias, está percorrendo gabinetes de Belo Horizonte e de Brasília em busca de recursos e para confirmação de acordos já firmados. Ao mesmo tempo, tem conversado bastante com interlocutores que conhecem os bastidores da burocracia, especialmente de Brasília, já acostumados a levantar recursos.

REPAROS
Moradores de várias regiões da cidade reivindicam reparos nos abrigos do ponto de ônibus. Em alguns casos, as coberturas estão se desprendendo da estrutura, deixando as pessoas que aguardam os coletivos sujeitas às intempéries. A situação é mais preocupante por se tratar do período chuvoso. Uma usuária do transporte coletivo, que preferiu não se identificar, contou que o problema se arrasta por muito tempo. "Desse jeito, somos obrigados a ficar na chuva".

ASPECTO DESAGRADÁVEL
A calçada de trecho da rua do Atlético, no bairro Alterosa, está tomada por lixo. Além de detritos domésticos, restos de construção, pneu e até um móvel velho estão depositados irregularmente no local. A situação atrai animais indesejáveis, como ratos, e deixa o ambiente com aspecto desagradável. O acúmulo de lixo no passeio também está impedindo o trânsito de pedestres. Diante dos obstáculos, pessoas que circulam a pé são obrigadas a andar pelo asfalto, o que aumenta o risco de acidentes.

FATOR PREVIDENCIÁRIO
A nova tabela do fator previdenciário 2013 entrou em vigor ontem (03/12) com a promessa de beneficiar alguns trabalhadores que pretendem se aposentar por tempo de contribuição, em especial os que passaram dos 55 anos. Conforme a Previdência Social, um homem de 60 anos e 35 anos de contribuição teve o fator aumentado de 0,867 para 0,873. Com isso, poderia trabalhar 71 dias a menos para receber o mesmo benefício. Uma mulher de 58 anos de idade e 30 de contribuição teve o fator aumentado de 0,801 para 0,805 e poderia ter 45 dias a menos de contribuição para contar com igual valor. Pelas regras da aposentadoria por tempo de contribuição, se o fator previdenciário for menor do que um, há redução no valor do benefício. Se maior que um, existe acréscimo. Caso seja igual a um, não há alteração. A tabela com os índices está disponível no site www.previdencia.gov.br