quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

QUESTÕES QUE NOS INTRIGAM

Talvez a melhor forma de saber como funciona a cabeça dos homens é descobrir o que eles gostariam de entender sobre o modo das mulheres pensarem. O universo feminino nos intriga. Na esperança de que um intercâmbio maior de informações possa trazer benefícios para ambas as partes, abordo aqui algumas dúvidas que deixam os machos encucados sobre as mulheres.

• Por que elas vão juntas ao banheiro?
Por um tempo, pensei que o sanitário feminino fosse bem mais legal que o masculino e tivesse, quem sabe, uma mesa de pingue-pongue. Por isso vocês iriam sempre em pares. Quando juntavam quatro amigas de uma só vez, eu imaginava uma mesa de pebolim. Um número ímpar de mulheres precisando esvaziar a bexiga ao mesmo tempo matava minha tese. Sinuca? Pôquer? Pelo tanto que demoravam, até daria para uma partida. Mas a gente imagina mesmo é que a mulherada pegue o bonde do toalete para fofocar. E, como somos egocêntricos, achamos que a pauta gira em torno de nós. Por isso, reparamos bem nas caras que fazem ao voltar do banheiro, tentando descobrir se o papo foi positivo ou negativo para o nosso lado.

•Como elas encontram tempo para se arrumar?
Ao contrário do que dizem, o homem moderno tem alguma noção da trabalheira que dá para a mulher se manter linda e sedutora em tempo integral. Afinal, vire e mexe, vocês nos contam tudo que aconteceu enquanto estavam no cabeleireiro, na depilação ou na manicure – como se a gente tivesse a capacidade de decorar os nomes psicodélicos de cores de esmalte. Nos dias de hoje, com vocês tão atarefadas em casa e no emprego, a pergunta que nos fazemos é: “quantas horas tem o dia de uma mulher?”. O nosso tem só 24. E os dez minutos que passamos cortando o cabelo uma vez por mês ou nos barbeando semanalmente já nos toma tempo precioso. Gastar meia hora passando uma meleca no rosto quase todo dia é inconcebível. E vocês ainda vão à academia! Quando dormem? Tenho uma vaga ideia da corrida contra o relógio que rege suas vidas ao vê-las se maquiando no trânsito e gastando o horário do almoço para arrumar as cutículas.

•Que prazer elas têm em espremer cravos?
Às vezes, começa com um simples carinho. Outras, no meio de uma massagem ou depois do sexo. Estamos lá, com a guarda abaixada, vulneráveis. E, de repente, a mulher ataca algum cravinho que encontra em nosso corpo. É assustador ver a expressão de alegria no rosto dela – uma alegria psicótica, aliás. Não adianta a gente chiar, pois vocês começam a falar como se fossemos menininhos, em tom de mãe procurando piolho no filho: “fica quieto”! Logo, estamos confessando até crimes que não cometemos. É uma forma de nos punir por algo, não é?

•Temos culpa por elas estarem de TPM?
Já trabalhei em lugar onde eu era o único representante masculino. E posso confirmar aquela história das mulheres compartilharem o mesmo ciclo menstrual quando convivem muito. Durante boa parte do mês, era como viver no meio de um concurso de Miss Universo, com elas distribuindo sorrisos para todos os lados. Em determinado dia, porém, parecia o Coliseu romano. Eu na arena com os leões, evidente. Estou ciente da ação dos hormônios. Mas a maior brincadeira que nosso corpo nos aplica quase sempre é gerar pêlos demais em um canto e de menos em outros. Então, compreendam a nossa surpresa diante de reações violentas a um simples “bom dia”. Tensão Pré-Menstrual tem tratamento, ao menos para amenizar os efeitos. Em vez de descontar na gente, vão gritar com seus ginecologistas.

•Que nível de segurança elas esperam de nós?
Certa vez quando solteiro e em uma boate lá em Montes Claros, uma amiga me pediu ajuda para se livrar de um chato que a atormentava. O mala era grandalhão, então preferi usar de diplomacia, abrindo os olhos dele para as muitas outras mulheres na casa. Quando ele já estava desistindo, ela gritou, por trás dos meus ombros, algo como “é, sai daqui, idiota”. Minha estratégia pacificadora foi por terra e precisei usar a única arma que um magrelo desajeitado como eu conhece contra um imponente mais parrudo: fazer cara de mau e torcer para que isso o faça pensar duas vezes antes de afundar meu nariz. As mulheres gostam de se sentir seguras ao lado de um homem e perdem um pouco da noção do perigo com isso. Se eu fosse o Jet Li ou o Jason Statham, elas poderiam provocar a ira de um time inteiro de rúgbi ao meu lado. Mas não é bem o caso.

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